Política

Bolsonaro: Nunca uma oportunidade para o povo brasileiro será tão importante quanto o dia 7





Bolsonaro: "Nunca uma oportunidade para o povo brasileiro será tão importante quanto o dia 7 "

O presidente defendeu ainda que mudará o destino do Brasil, que "não empunhará uma espada para cima", "mas que temos outro 7 de setembro pela frente" referindo-se indiretamente a uma nova chance de independência.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (31/08) que o próximo dia 7 de setembro "nunca foi tão importante" para a população brasileira. A declaração ocorreu durante cerimônia de inauguração do Complexo de Captação e Tratamento de Água Deputado Luiz Humberto Carneiro em Uberlândia.

“Nós não podemos chegar lá na frente e olharmos para trás e falar “por que nós não fizemos ali atrás, por que nos omitimos naquele momento”. A vida se faz de desafios. Sem desafios a vida não tem graça. As oportunidades aparecem. Nunca uma outra oportunidade para o povo brasileiro foi tão importante ou será tão importante quanto esse nosso próximo 7 de setembro”, apontou.

Bolsonaro defendeu ainda que mudará o destino do Brasil, que "não empunhará uma espada para cima", "mas que temos outro 7 de setembro pela frente" referindo-se indiretamente a uma nova chance de independência.

"Muitos querem que eu tome certas medidas. Eu acredito, creio que nós vamos mudar o destino do Brasil e tenho certeza, dentro das 4 linhas da nossa Constituição. Não será levantando uma espada para cima e proclamando algumas palavras. No passado foi assim. Hoje, pela complexidade pelo que está em jogo na nossa nação será um pouco diferente. Mas temos um outro 7 de setembro pela frente. É muito mais fácil para mim estar do outro lado, muito mais fácil. Mas eu prefiro ter a consciência tranquila para com o criador e depois estar em paz com esse povo maravilhoso que é o povo brasileiro. O homem ou a mulher sem liberdade não é ninguém. A liberdade é origem para tudo, é a certeza que nós podemos crescer", bradou.

O chefe do Executivo ainda destacou as riquezas do país e disse que "tem muita gente de olho", mas que o Brasil não será um "fazendão", em referência a expressão de "celeiro do mundo" em termos de produção de alimentos.

"Tem local do Brasil que tem debaixo da terra uma tabela periódica completa. Por que esse país não vai para frente? Vai para frente. Os problemas maiores do país são mais internos do que externos. Tem muita gente de olho no Brasil e eles estão certos, nós que estamos errados. Isso daqui é um celeiro para o mundo jamais será um fazendão, seja qual país for", acrescentou.

Ele ainda atacou a imprensa relatando que quem lê está "desinformado". "Interesse para desgastar o governo é o que mais existe. Primeiro passo: não ler jornal e nem revista porque quem não lê não tem informação e quem lê está desinformado".

Bolsonaro repetiu que a cadeira presidencial tem "kriptonita". "Costumo dizer: não queiram a minha cadeira. Ela tem Kriptonita. E só vocês nos dão forças para continuar sempre se dirigindo ao norte. (Sic) Norte esse que vocês nos dão para nós políticos do Brasil. Vamos sempre acreditar, mais que ter esperança, vamos buscar fazer a coisa certa, não tem satisfação melhor para um político do que ser recebido dessa forma na minha segunda terra natal, Minas Gerais".

Por fim, voltou a colocar a culpa do aumento da gasolina nos governadores e, citando a facada recebida em 2018 em Minas Gerais atacou o PT. "Tenho recordações de Juiz de fora, foi um marco na minha vida e na vida do povo brasileiro. Imagina se eu tivesse partido, quem estaria no meu lugar. Os mesmos que assaltaram o nosso país por 14 anos. Roubaram tudo", concluiu.

Mais cedo, ao desembarcar em Uberlândia, o mandatário andou de cavalo empunhando um mastro com a bandeira do Brasil. Em meio à cavalgada, encontrou com apoiadores que o presentearam com um troféu. No entanto, os mesmos não explicaram o motivo da premiação. Minutos antes, na chegada à cidade, ao som de "mito, sem máscara, ele cumprimentou bolsonaristas com apertos de mãos, tirou selfies e pegou crianças no colo.

Antes de deixar Brasília, exibiu a apoiadores, uma medalha com uma expressão que costuma utilizar e chamar de "3 Is". O objeto possui uma foto do mandatário com os dizeres: "Clube Bolsonaro - Imorrível, imbrochável e incomível". 

No último dia 20, Bolsonaro reafirmou que participará de duas manifestações no Dia da Independência, 7 de Setembro: uma em Brasília, pela manhã, e outra, em São Paulo, à tarde. Segundo o mandatário, ele pretende discursar para apoiadores, mas alegou que “não serão palavras de ameaça a ninguém”. O chefe do Executivo apontou ainda que o comparecimento às ruas por parte dos bolsonaristas será uma “fotografia” para o mundo e emendou que só pode agir "caso a população assim deseje".

Fonte: Correio Braziliense

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Ministério da Saúde lança nova mascote e vai capacitar profissionais para identificar pacientes com doenças raras

Entre as ações está a realização de um curso gratuito, Rarinha vai chamar atenção para diagnóstico e informações sobre o tema

Profissionais de todo o Brasil vão poder contar com uma importante iniciativa do Governo Federal. O Ministério da Saúde vai capacitar trabalhadores que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) para que consigam reconhecer pacientes com patologias raras e, assim, realizar o encaminhamento ao serviço especializado. A iniciativa foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, juntamente com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, nesta terça-feira (31).

O ministro e a primeira-dama também apresentaram a nova mascote do SUS, a Rarinha. Ela faz parte de uma iniciativa que tem como objetivo chamar atenção para patologias que não são prevalentes na população e aparecerá nas redes sociais do Ministério com informações importantes e dicas sobre doenças raras. Também participaram do evento a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Mayra Pinheiro, o secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira e a deputada federal Carmen Zanotto.

Em sua fala, o ministro lembrou que o estado brasileiro tem um compromisso fundamental com a dignidade da pessoa humana, com a vida, e com a liberdade. “Desde o início da gestão do Presidente Jair Bolsonaro os raros são uma das prioridades. No fundo, somos todos raros e precisamos de uma política pública que possa atender com sustentabilidade as pessoas raras. Em um país grande como o Brasil, precisamos nos empenhar na pesquisa para cuidar dessas pessoas”, disse o ministro.

Michelle Bolsonaro reforçou seu compromisso em divulgar informações sobre as doenças raras para que a população consiga buscar conhecimento. “Durante anos, nossos raros ficaram invisíveis. Mas, neste governo, com seu olhar para as pessoas com doenças raras, estamos modificando a realidade destes pacientes. Precisamos acabar com preconceitos e facilitar diagnósticos”, disse.

As Ações de Educomunicação em Doenças Raras constituem um conjunto de iniciativas que visam à disseminação de informações sobre essas enfermidades e se fazem necessárias uma vez que, para chegar ao diagnóstico, muitos pacientes consultam até 10 médicos de especialidades diferentes. As doenças raras são caracterizadas por sinais e sintomas muitas vezes desconhecidos. Além disso, esses sinais costumam variar de doença para doença e de pessoa para pessoa, ainda que afetadas pela mesma condição.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos, e estima-se que 80% têm origem genética. As demais surgem a partir de fatores como o ambiente, infecções, questões imunológicas, entre outras.

 A secretária da SGTES, Mayra Pinheiro, lembrou que, em média, 75% dos casos de doenças raras ocorrem em crianças e jovens. "O Governo Federal não deixa ninguém para trás e nós entendemos que saúde é o bem mais importante na vida das pessoas", afirmou.

A secretária reforçou que a SGTES tem um compromisso de treinar, qualificar e capacitar todos os profissionais do Brasil. "Hoje entregamos 14 cursos de formação para todas as categorias de saúde. Mas as ações não param por aí. Nós também estamos colocando no Conecte SUS a partir de hoje todos os Centros de Cuidado de Doenças Raras no país para que cada família não perca tempo procurando onde ser atendido", afirmou.

Para 95% das patologias não existe um tratamento específico. Apenas 3% dos casos de doenças raras têm tratamento cirúrgico ou com medicamentos regulares que atenuam os sintomas. Aproximadamente 2% podem ser tratadas com medicamentos órfãos (medicamentos que, por razões econômicas, precisam de incentivo para serem desenvolvidos), capazes de interferir na progressão da doença.

Em contrapartida, há acompanhamento multidisciplinar e reabilitações que conferem qualidade de vida aos pacientes. Por isso, a importância do diagnóstico precoce.

O curso

As videoaulas, que totalizam 4 horas e 35 minutos, serão disponibilizadas na plataforma “UniverSUS Brasil” e a inscrição é gratuita. O conteúdo foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM) em parceria com Conselho Federal de Medicina, Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, Núcleo Tele Saúde do Rio Grande do Sul e disponibilizado para o Ministério da Saúde.

Quem também integra a iniciativa é a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Ela gravou vídeos para informar à população sobre os principais sintomas e sinais de alerta. Os materiais serão divulgados nas redes sociais do Ministério da Saúde. A iniciativa faz parte do planejamento estratégico das medidas a serem desenvolvidas para o fortalecimento da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.

A população pode ainda ter acesso aos centros habilitados para tratamento de doenças raras pelo ConecteSUS. As unidades de saúde referência estão disponíveis no aplicativo por geolocalização, o que possibilita ao paciente encontrar o Serviço de Atenção Especializada em Doenças Raras mais próximo de casa.

Onde buscar atendimento para doenças raras?

Há pelo menos 20 estabelecimentos de saúde habilitados como Serviços de Referência em Doenças Raras em todo o Brasil. Os pacientes com doenças raras também podem receber atendimento e acompanhamento médico, de acordo com cada caso, na Atenção Primária, por meio das Unidades Básicas de Saúde, ou na Atenção Especializada, em algum hospital ou serviço de média e alta complexidade.

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Sgtes), que coordena a ação, fez um levantamento com os principais dados dos centros habilitados para atendimento. A lista está disponível na página das Ações Educacionais em Doenças Raras no portal do Ministério da Saúde

Os Hospitais Universitários, Federais e Estaduais, que são 50 em todo o Brasil, também possuem serviços voltados para casos de erros inatos do metabolismo. Existem ainda as associações beneficentes e voluntárias que contam com recursos governamentais e dedicam-se principalmente aos casos de deficiência intelectual e dismorfologia, que também estão aptos a oferecer atendimento aos pacientes com doenças raras.

Com informações do Ministério da Saúde

 

 

Governo anuncia propostas qualificadas para vacinas nacionais

Para ministro, pandemia deixou clara importância da ciência

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, dá entrevista coletiva, sobre a Prospecção de projetos de Ensaios Clínicos de Fases I e II de vacinas contra Covid-19 desenvolvidas no Brasil

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) divulgou hoje (31) as quatro propostas qualificadas preliminarmente, no âmbito do chamamento público para a prospecção de projetos de ensaios clínicos de vacinas contra a covid-19 desenvolvidas no Brasil. Com o anúncio, os quatro proponentes qualificados terão, a partir de agora, de apresentar a documentação necessária, conforme previsto em edital. Ao anunciar os projetos selecionados, o ministro Marcos Pontes destacou a importância da ciência para o combate à covid-19.

“A pandemia deixou clara a importância da ciência, que é a única arma que temos para vencer o vírus. Os resultados em um ano foram expressivos, com redução do número de óbitos. Isso mostra a importância da ciência e dos nossos cientistas. O Brasil tem cientistas de altíssimo gabarito no cenário internacional, mas para que a ciência funcione precisa de irrigação de recursos”, disse o ministro.

Pontes destacou que os investimentos em educação, ciência, tecnologia e inovação são os diferenciais característicos de um país desenvolvido. “A chamada de hoje é simbólica para uma mudança. Nossos orçamentos foram reduzidos, mas estamos agora em ponto de inflexão. Paulo Guedes [ministro da Economia] disse que no ano que vem o orçamento do ministério será aumentado”, acrescentou.

Proponentes qualificados

Das quatro propostas qualificadas, anunciadas ao final da cerimônia, três foram desenvolvidas por universidades públicas e uma pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) - todas a partir de estudos clínicos que abrangeram as fases 1 e 2 das vacinas.

A primeira proposta teve como pesquisador responsável Ricardo Tostes Gazzinelli, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O ensaio clínico foi feito a partir de uma vacina quimera composta de proteínas RBD/nucleocapsídeo derivada do Sars-cov. À vacina foi dado o nome de Spintec MCTI UFMG.

Desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a segunda proposta, que teve à frente a pesquisadora Leda dos Reis Castilho, visa ao desenvolvimento da vacina UFRJVAC, tendo como base uma proteína recombinante de variantes de Sars-Cov-1.

A terceira proposta, desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP), por meio da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, é a da vacina Versamune MCTI, a partir de ensaios clínicos de fase 1 e 2, visando ao “tratamento profilático de infecção causada por Sars-Cov-2”. O trabalho tem à frente o pesquisador Celio Lopes Silva.

A quarta proposta é a da Vacina RNA MCTI Cimatec HDT, desenvolvida pelo Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Senai Cimatec) da Bahia. Ela foi formulada a partir de nanopartícula carreadora de RNA Replicon auto replicante e tem como pesquisadora Bruna Aparecida Souza Machado.

Fonte: Agência Brasil