Economia

Solução CNJ para precatórios é inteligente, diz Pacheco ao lado de Guedes





O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse nesta 2ª feira (30.ago.2021) que a solução elaborada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para o impasse envolvendo os precatórios de 2022 é “inteligente” e “possível” de ser aplicada.

Pacheco debateu o tema com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na residência oficial do Senado. Guedes tem chamado essas dívidas da União como um “meteoro”, por terem crescido de forma exponencial nos últimos anos. Para o ministro, a solução via judiciário é mais rápida e mais efetiva do que a PEC dos precatórios — apresentada pela equipe dele.

A proposta que vem sendo formulada pelo CNJ pode reduzir, dos atuais R$ 89 bilhões para R$ 39,9 bilhões, o valor total de precatórios do próximo ano. A ideia é atualizar o montante da dívida de 2016 (R$ 30,3 bilhões), ano de promulgação do Teto de Gastos, e aplicar a mesma lógica da regra fiscal até o momento atual (correção inflacionária).

Paulo Guedes classificou a ideia do Judiciário como bastante eficaz. “A solução passa realmente pelo Supremo Tribunal. Foi um consenso entre o presidente do Senado e da Câmara, e a Economia apoia”, afirmou. Segundo ele, a medida irá respeitar as regras fiscais vigentes. “O problema do precatório não é um problema estritamente ligado ao Bolsa Família, tem a ver com a exequibilidade do orçamento”.

Se o acordo for selado, o governo Jair Bolsonaro irá conseguir abrir um espaço embaixo do Orçamento para expandir o Bolsa Família. “A solução dos precatórios que vai desaguar num novo programa social mais amplo, com valor atualizado”, afirmou Pacheco.

 

Flexibilização na pandemia ajuda na recuperação do setor de serviços

Indicador da Fundação Getulio Vargas subiu 1,3 ponto em agosto

Rio tem primeiro dia útil de reabertura do comércio de rua

O Índice de Confiança de Serviços, divulgado hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), subiu 1,3 ponto, ficando em 99,3 pontos em agosto, no maior nível desde setembro de 2013, quando o indicador estava em 101,5 pontos. Na comparação com agosto de 2020, a alta foi de 14 pontos e em médias móveis trimestrais o índice avançou 3,7 pontos, a quarta alta consecutiva.

O economista do FGV/Ibre Rodolpho Tobler explicou que esse é o quinto avanço seguido. Com isso, a confiança dos serviços se consolida em patamar acima do nível pré-pandemia e próximo ao nível neutro.

“Ao contrário do que foi observado nos últimos meses, a alta foi mais influenciada pela melhora no volume de serviços no mês, enquanto as expectativas ficaram estáveis. A combinação sugere que a recuperação do setor vem avançando em paralelo às flexibilizações na pandemia. Vale ressaltar que o cenário para os próximos meses ainda depende da recuperação da confiança do consumidor e carrega muita incerteza, especialmente associados aos riscos da variante delta”, destacou Tobler.

Segundo o Instituto, o resultado da confiança dos serviços do mês foi influenciado principalmente pelo Índice de Situação Atual, que subiu 2,6 pontos, para 93,0 pontos, ficando no maior nível desde junho de 2014, quando o indicador alcançou 94,3 pontos. Já o Índice de Expectativas cresceu 0,1 ponto, para 105,7 pontos, patamar mais alto desde novembro de 2012 (106,2 pontos).

Seguindo a tendência positiva, o saldo do emprego previsto tem demonstrado recuperação contínua, com médias móveis trimestrais em alta pelo terceiro mês consecutivo, ficando em 10,4 pontos em agosto, maior resultado desde maio de 2014. O saldo se refere ao percentual de empresas que planejam aumentar seu quadro de funcionários nos próximos meses, menos o percentual que planejam reduzir. No pico da pandemia, em junho do ano passado, no pico da pandemia, o indicador ficou negativo em 35 pontos.


Fonte: Poder360 - Agência Brasil