Cotidiano

Busca por avião que desapareceu com indígenas é suspensa





 

A Força Aérea Brasileira (FAB) suspendeu as buscas pelo avião monomotor que desapareceu com indígenas na Floresta Amazônica, no dia 2 de dezembro. A aeronave transportava sete indígenas, além do piloto.  O Exército Brasileiro também cancelou as buscas, afirmando não haver suporte de aeronaves para cobrir uma aérea extensa. As buscas ocorriam há 14 dias.

Em nota, a FAB informou que foram realizadas 128 horas de voo. Agora, a busca está limitada a um grupo de índios e garimpeiros, que realizam o trabalho por terra.

Ainda, de acordo com a FAB, todos os padrões internacionais de buscas foram cumpridos, no entanto, a região com montanhas e mata fechada foram fatores que dificultaram a observação. Ao todo, mais de 60 militares estavam envolvidos nas buscas.

Entenda o caso

No dia 2, por volta de 12h06, o piloto havia entrado em contato informando uma pane no sistema. Desde então, não se houve mais informações sobre a aeronave, se ela teria feito um pouso de emergência ou caído.

De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), os indígenas haviam fretado o transporte, devido ao difícil acesso à aldeia Mataware. A aeronave poderia estar com sobrepeso e, além disso, a falta de pistas autorizadas na região e a não comunicação da viagem caracterizam como voo “clandestino”.

Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou as buscas, mapeando um território no Oeste do Amapá e Norte do Pará, por onde possivelmente ocorreu o trajeto entre as duas áreas.

Para as autoridades, a provável área de desaparecimento do avião fica em Almerim, no Pará, a 23 quilômetros de distância da aldeia Bona. As constantes chuvas têm atrapalhado as buscas na região.

Segundo a Funai, entre os passageiros haviam duas crianças. O voo foi fretado para resolução de pendências bancárias e compra de alimentos em Macapá. Entre os passageiros estava uma família de índios, com marido, esposa, três filhos, genro e uma aposentada.