Política

Exército avalia como baixo o risco de distúrbios no 7 de setembro





As Forças têm feito avaliações periódicas sobre o 7 de setembro, o que significa que esse cenário pode ser alterado nos próximos dias

Oficiais do Exército com os quais a CNN conversou avaliaram que a temperatura política para as manifestações de 7 de setembro diminuiu nos últimos dias e não vê, hoje, um cenário de distúrbios em que precise ser acionada.

A avaliação das tropas é de que os movimentos diminuíram a temperatura das manifestações. Inclui-se aí o recuo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em apresentar pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso e a rejeição do pedido de impeachment de Alexandre de Moraes por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

As tropas também incluíram o desenrolar da solenidade do Dia do Soldado nesta quarta-feira (25) como fator relevante para traçar um cenário mais tranquilo para o 7 de setembro. Em especial o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter se recusado a discursar.

Havia um receio de que ele usasse a ocasião para mais uma vez se associar às Forças — no caso, ao Exército — e fazer uma convocação da população para ir às suas em seu apoio e contra o STF no dia 7. Alguns oficiais tinham receio de que o Dia do Soldado fosse usado para insuflar o Dia da Independência, o que não ocorreu.

Avaliações periódicas

As Forças têm feito avaliações periódicas sobre o 7 de setembro, o que significa que esse cenário pode ser alterado nos próximos dias. O de hoje, por exemplo, é distinto do de uma semana atrás, quando a preocupação era muito maior.

As avaliações são colhidas a partir de contatos que o Comando de Operações Terrestres do Exército faz com as forças de segurança pública nos estados.

Por meio dessa operação, por exemplo, são informados de que muitos estados não estão autorizando manifestações de apoiadores e adversários de Bolsonaro no mesmo dia, o que ajuda a traçar um cenário mais otimista.

Em princípio, as Forças não participarão da segurança no dia 7. Elas, porém, podem participar a partir da Garantia da Lei e da Ordem, mecanismo em que o presidente da República as convoca se as forças de segurança estaduais não conseguirem conter os manifestantes.

Fonte: CNN Brasil 

“Não haverá nada no 7 de Setembro”, afirma Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que “não haverá nada” em 7 de setembro. O deputado participa de evento on-line da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nesta 6ª feira (27.ago.2021).

Lira afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), “de uma maneira ou de outra” é quem pauta o Brasil. “Certo ou errado, pautou com a situação do voto impresso e agora com o 7 de Setembro. Nunca se falou tanto no 7 de setembro na história do país, pelo menos [desde] que eu me entendo como gente”, disse Lira.

“O humor das bolsas, do mercado está na hipótese do 7 de Setembro. Pelo amor de Deus, não haverá nada no 7 de Setembro. A gente tem que se esforçar para que os movimentos de rua aconteçam e sejam pacíficos. Grandes ou pequenos, isso é irrelevante.”

Lira afirmou ainda que a Câmara dos Deputados trabalha para apaziguar o país e as crises políticas. Disse ainda que esse é o trabalho que está sendo realizado em Brasília.

Apoiadores de Bolsonaro divulgaram, nos últimos dias, convocações para “último grito” no feriado da Independência. Boa parte dos apoiadores que aparecem nos vídeos são caminhoneiros, policiais ou empresários.

O presidente afirma que irá aos atos políticos, tanto em Brasília quanto em São Paulo. Diz que os manifestantes irão às ruas pela “liberdade de expressão” e pelo voto impresso.

Como mostrou o Poder360, PMs se preparam para participar de atos em apoio ao presidente Bolsonaro marcados para o feriado da Independência. Praças e oficiais das ativa e da reserva falam em “exigir” o poder, luta contra o comunismo e retirada dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Fonte: Poder360