Política

China diz que exército dos EUA deve ser responsabilizado por ações no Afeganistão





No Conselho de Direitos Humanos da ONU, Chen Xu, embaixador de Pequim, diz que norte-americanos e outros membros da coalizão devem ser punidos por supostas violações de direitos que cometeram no país

O enviado da China às Nações Unidas disse, nesta terça-feira (24), que o exército dos Estados Unidos e os militares de outros parceiros da coalizão deveriam ser responsabilizados por supostas violações de direitos que cometeram no Afeganistão.

“Os EUA, Reino Unido, Austrália e outros países devem ser responsabilizados pela violação dos direitos humanos cometida por seus militares no Afeganistão e a evolução desta sessão atual deve cobrir essa questão”, disse o embaixador da China, Chen Xu, em uma sessão de emergência do Conselho de Direitos Humanos sobre a situação no Afeganistão.

“Sob a bandeira da democracia e dos direitos humanos, os EUA e outros países realizam intervenções militares em outros estados soberanos e impõem seu próprio modelo a países com história e cultura muito diferentes”, disse ele, dizendo que isso trouxe “grande sofrimento”.

G7 também tratará da questão afegã

Além do Conselho de Direitos Humanos, o G7, grupo formado por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, também se reúne nesta terça-feira para tratar da situação no Afeganistão. O encontro virtual foi convocado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

De acordo com informações do governo britânico, Johnson cobrará dos outros países o mesmo compromisso adotado pelos britânicos para “proteger os mais necessitados no Afeganistão” e reforçar a ajuda à região. Também é esperado que o político e os outros líderes discutam abordagens conjuntas para garantir um futuro mais estável para o país do Oriente Médio.

“Nossa prioridade é concluir a retirada de nossos cidadãos e dos afegãos que ajudaram nossos esforços nos últimos 20 anos – mas, ao olharmos para a próxima fase, é vital que nos unamos como uma comunidade internacional e cheguemos a um acordo sobre uma abordagem conjunta para um prazo mais longo”, disse Johnson, na segunda-feira (23).

Fonte: CNN Brasil com informações de Emma Farge, da Reuters, e de Luana Franzão, da CNN, em São Paulo