Política

Queiroga: máscara não será obrigatória se houver condições sanitárias





Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro indicou que iria definir ainda hoje uma data, em conjunto com o Ministério da Saúde, para sugerir a desobrigação do uso da proteção facial

Apesar do presidente da República, Jair Bolsonaro, informar que definiria em conjunto com o Ministério da Saúde uma data para sugerir a desobrigação do uso de máscaras, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não quis indicar quando isso poderá ser feito no Brasil e disse que a medida será tomada quando houver "condições sanitárias seguras" para tal. 

Questionado por jornalista durante agenda em São Paulo, o cardiologista disse que a retirada da obrigatoriedade do uso do equipamento de proteção individual será feita "quando nós tivermos as condições sanitárias seguras para isso".

Além disso, o ministro disse que se reunirá nesta terça-feira (24) com Bolsonaro para apresentar os primeiros resultados de um estudo sobre uma possível desobrigação do uso de máscaras, encomendado pelo presidente da República ao Ministério da Saúde no início de junho.

"Claro que todos nos queremos fazer isso (desobrigação do uso das máscaras) o mais rápido possível, e eu vou conversar com o presidente Bolsonaro amanhã, para apresentar para ele já um esboço dos estudos que o Ministério da Saúde realizou desde quando o presidente fez essa demanda", disse Queiroga. 

O gestor da pasta da Saúde elogiou a postura de Bolsonaro e disse esperar que o fim da pandemia "aconteça em breve". "O presidente Bolsonaro tem apoiado todas as ações do Ministério da Saúde, sobretudo a campanha de vacinação, e a consequência disso é o fim da pandemia da covid-19, que esperamos que aconteça em breve e nós poderemos ser livres para ficar sem máscaras e voltar a nossa vida como era antes", ressaltou.

Cepa indiana 

Apesar de demonstrar otimismo na expectativa para o fim do período pandêmico, alguns países mostram que a pandemia ainda não acabou e voltaram atrás na obrigação de medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras. Os Estados Unidos, por exemplo, que haviam desobrigado os vacinados contra a covid-19 a usar a proteção, voltaram atrás e recomendaram o retorno do equipamento em ambientes fechados, onde há maior risco de transmissão. 

Diante da variante delta, cepa do novo coronavírus originalmente identificada na Índia e já detectada no Brasil, os especialistas ressaltam a necessidade da continuidade de adesão das medidas não farmacológicas. 

"Terceira dose só depois que avançarmos na segunda", diz ministro

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga diz tratar-se de orientação da OMS

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a terceira dose da vacina contra a covid-19 vai avançar no país somente depois de o Brasil consolidar a aplicação da segunda dose da imunização contra a doença. 

“Terceira dose só depois que avançarmos na segunda”, destacou. A resposta do ministro da Saúde foi dada após ele ser questionado sobre a possibilidade de um reforço na vacinação contra a covid-19. “A OMS [Organização Mundial da Saúde], hoje, ditou uma posição no sentido de que não se avançasse na terceira dose enquanto a segunda dose não fosse aplicada na maior parte na população global”, acrescentou o ministro.

De acordo com o Ministério da Saúde, embora o Brasil tenha alcançado um número elevado de pessoas vacinadas com a primeira dose, mais de 8,5 milhões de brasileiros deixaram de voltar ao posto para receber a segunda. Aproximadamente, 55 milhões de brasileiros completaram o esquema vacinal com as duas doses ou dose única do imunizante.

Fonte: Correio Braziliense - Agência Brasil