Política

Waldez e Jaime são acusados de práticas abusivas nas eleições





 

O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) ajuizou, na quarta-feira (05), uma Ação Judicial de Investigação Eleitoral contra Waldez Góes e Jaime Nunes, ambos disputaram o pleito deste ano nos cargos de governador e vice-governador, respectivamente. De acordo com o órgão, os dois realizaram práticas abusivas durante as eleições. Além deles, outras 13 pessoas foram citadas na ação.

Na ação, o MP Eleitoral pede a condenação dos envolvidos, além da inelegibilidade por oito anos e cassação do registro dos candidatos beneficiados com a prática.

Segundo o MP, Waldez Góes teria se aproveitado do cargo de governador do Estado para obter benefícios em prol de sua reeleição. Na peça processual, o órgão detalha vários episódios cometidos pelo chefe do Executivo e seus apoiadores.

O acervo processual, com mais de 30 páginas, contém resultados das investigações, oitiva de testemunhas e provas coletadas durante o período eleitoral. A peça foi entregue à Justiça.

O MP Eleitoral cita alguns casos envolvendo o gestor, entre eles o uso do programa social Amapá Jovem, das estruturas das polícias Militar e Civil, da Secretária de Inclusão e Mobilização Social e da Secretaria de Estado da Fazenda, além de coação de servidores públicos, especificamente em secretarias e na Rádio Difusora de Macapá, e benefícios dados pela imprensa.

O órgão detalha no processo todas as situações e relata a participação do vice-governador eleito, Jaime Nunes. Segundo as investigações, ele utilizou-se de seu grupo econômico para empregar recursos financeiros em favorecimento da campanha, além de utilizar sua emissora de TV em benefício dos candidatos, divulgando Pesquisa Eleitoral que os apontavam à frente dos demais candidatos por diversas vezes durante a programação do canal.

O MP frisa que Waldez Góes aproveitou-se de inauguração de obras para realizar propaganda eleitoral. Além disso, servidores públicos foram empregados na realização de campanha, no horário de expediente – a prática configura conduta vedada.

Outras pessoas são acusadas de envolvimento nas práticas abusivas, entre eles Rodolfo Pereira Oliveira Junior e Fábio Araújo de Oliveira, comandante geral da Polícia Militar e delegado de Polícia Civil, respectivamente, os secretários de Estado Maria de Nazaré do Nascimento e Pedro Lourenço da Costa Neto - "Pedro Filé", além da ex-secretária Joelma de Moraes dos Santos, e o ex-diretor da Rádio Difusora Roberto Nascimento - “Roberto Gato”.

Além deles, os servidores públicos Kleber Picanço Leal, Ronilson Ferreira Ribeiro, Neiva Lúcia da Costa Nunes, Evaldina Maria Mesquita Lacerda, Tandra Maruska Leal Vieira e os empresários Bianca Augusta Veronese e Jaime Nunes Dominguez Filho.