O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) disse que o Congresso Nacional não vai permitir retrocessos nos avanços democráticos conquistados no Brasil.
Por meio de publicação nas redes sociais, Pacheco declarou ainda que o diálogo entre os poderes é fundamental e defendeu a busca de consensos.
"O diálogo entre os Poderes é fundamental e não podemos abrir mão dele, jamais. Fechar portas, derrubar pontes, exercer arbitrariamente suas próprias razões são um desserviço ao país. Portanto, é recomendável, nesse momento de crise, mais do que nunca, a busca de consensos e o respeito às diferenças. Patriotas são aqueles que unem o Brasil, e não os que querem dividi-lo. E os avanços democráticos conquistados têm a vigorosa vigilância do Congresso, que não permitirá retrocessos", disse.
As declarações foram dadas após o presidente Jair Bolsonaro afirmar, no sábado (14), que vai pedir ao Senado a abertura de um processo contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais e Luís Roberto Barroso, que também preside do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida foi anunciada nas redes sociais.
Segundo o presidente, "de há muito, Moraes e Barroso extrapolam com atos os limites constitucionais”.
Hoje mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) postou que será defensor da harmonia entre os poderes.
"O Brasil sempre terá no presidente da Câmara dos Deputados um ferrenho defensor constitucional da harmonia e independência entre os Poderes", declarou.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que a preocupação com um eventual pedido de impeachment de membros da corte é "zero". As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.
A possibilidade foi levantada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disse que levaria ao Senado um processo contra Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. De acordo com a avaliação de integrantes do STF, para que isso se concretizasse precisaria haver crime de responsabilidade, o que não há.
Além disso, um ministro afirmou que há apoio da maioria dos membros no caso da prisão do ex-deputado e presidente nacional do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Roberto Jefferson, decretada por Moraes. Na determinação, há a acusação do ex-parlamentar participar de uma suposta milícia digital em ataques às instituições democráticas.
Fonte: Agência Brasil- CNN Brasil