Cotidiano

Covid-19: Anvisa identificou 12 tripulantes infectados em navio de quarentena no Rio Amazonas





Isolamento iniciou na quinta-feira (5). Dois deles receberam atendimento médico em Macapá nesta sexta-feira (6). Vigilância monitora.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que monitora desde quinta-feira (5) os tripulantes do navio em quarentema e ancorado no Rio Amazonas e que 12 deles testaram positivo para a Covid-19. Nesta sexta-feira (6), dois deles receberam atendimento médico em Macapá (confira a íntegra da nota no fim desta reportagem). 

Conforme a Anvisa, a embarcação foi isolada em função de três pessoas a bordo apresentarem febre. Nesta sexta-feira, os exames confirmaram que 12 tripulantes estão infectados com o novo coronavírus. 

"A Anvisa determinou o isolamento dos doentes, o tratamento dos resíduos como infectantes e a proibição de embarques e desembarques, dentre outras medidas. A embarcação encontra-se isolada e vem sendo monitorada pela Agência, não havendo contato dos tripulantes com trabalhadores portuários ou população local, exceto nos casos de necessária assistência médica", citou a nota. 

Dois dos tripulantes agravaram e foram atendidos na Unidade Básica de Saúde (UBS) Lélio Silva, na Zona Sul de Macapá. Depois, eles foram encaminhados de volta ao navio. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que suspendeu os atendimentos da unidade nesta sexta-feira para realizar sanitização. 

A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do estado assegurou que foram realizadas coletas para identificar por qual variante os pacientes foram infectados. Não há previsão de quando saem os resultados dessas análises porque elas serão feitas pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará. 

A quarentena é de 14 dias a contar a partir de quinta-feira. O navio é identificado como "Mandarim Dalian" e atua no transporte de minério. Segundo a Anvisa, ele navega sob a bandeira da Libéria, na África, mas passou por Gana antes de navegar para o Amapá

Pacientes foram atendidos na UBS Lélio Silva, no bairro Novo Buritizal, em Macapá — Foto: PMM/Divulgação

Pacientes foram atendidos na UBS Lélio Silva, no bairro Novo Buritizal, em Macapá — Foto: PMM/Divulgação 

Essa foi a terceira embarcação que entrou em quarentena na orla de Macapá, em função dos tripulantes estavam infectados com o novo coronavírus. 

O primeiro foi em março, quando 6 testaram positivo e um deles morreu após agravamento da doença. Em junho, quase todos os tripulantes a bordo tiveram Covid-19 e houve internações, mas todos se recuperaram e seguiram viagem. 

Confira a íntegra da nota da Anvisa sobre o navio Mandarim Dalian:

Em primeiro lugar é importante esclarecer que não houve quebra de protocolo sanitário no caso citado. O navio MANDARIN DALIAN foi colocado preventivamente em quarentena de 14 dias pela Anvisa em 05/08, na área de fundeio de Macapá (AP) em razão de 03 tripulantes apresentarem febre. Imediatamente, foi determinada a testagem de todos os tripulantes, cujos resultados recebidos nesta sexta-feira (06/08), apontam 12 positivados para Covid-19. Dois tripulantes apresentaram piora de sintomas na madrugada e foram desembarcados para atendimento médico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da capital Macapá. A Anvisa esclarece que esses trabalhadores marítimos foram transportados em ambulância própria do SAMU, usando os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários e em cumprimento aos protocolos sanitários exigidos para a Covid-19. Como apresentam sintomas leves no momento, a expectativa é que esses marítimos retornem para bordo, assim que possível.

A embarcação, que atua no transporte de minério e navega sob a bandeira da Libéria, passou por Gana, na África, antes de navegar para o Amapá. A Anvisa determinou o isolamento dos doentes, o tratamento dos resíduos como infectantes e a proibição de embarques e desembarques, dentre outras medidas. A embarcação encontra-se isolada e vem sendo monitorada pela Agência, não havendo contato dos tripulantes com trabalhadores portuários ou população local, exceto nos casos de necessária assistência médica.

Fonte: G1 Amapá -  Fabiana Figueiredo