Fonte: Andressa Collet – Vatican News
Será dedicada ao “coração generoso de Papa Francisco” a edição deste ano, a de número 38, da evocação do milagre de Nossa Senhora das Neves na Basílica de Santa Maria Maior, uma das quatro basílicas papais de Roma. O idealizador e arquiteto Cesare Esposito, segundo a agência de notícias Adnkronos, chegou a enviar uma carta ao Pontífice convidando-o para seguir o evento que acontece nesta quinta-feira (5), às 21h no horário italiano, para testemunhar a evocação da Virgem, “para que se torne um símbolo de esperança e de amor para todos os fiéis e para a cidade".
Na carta dirigida ao Papa Francisco, o arquiteto italiano recorda as muitas dificuldades que teve que enfrentar na vida desde que criou o projeto da “primeira nevasca em 1983”. Além disso, lembra como "o aniversário de 5 de agosto se tornou um evento importante para os fiéis, tanto que em 1987 o Papa João Paulo II participou da cerimônia fazendo um discurso sobre o prodígio da neve diante de milhares de fiéis presentes".
Para o evento, desde a déc. 80, a praça se transforma num teatro de luzes para comemorar aquele 5 de agosto de 358, quando, segundo a tradição, a Virgem Maria teria aparecido num sonho ao Papa Libério pedindo para erguer uma basílica onde encontraria neve fresca no dia seguinte. Na manhã seguinte, o bairro do Esquilino acordou com neve – em pleno verão italiano – e Libério traçou o perímetro do local para construir a primeira basílica do Ocidente dedicada a Nossa Senhora das Neves.
No ano passado, o Papa Francisco chegou a visitar a basílica durante a tarde, onde se deteve em oração diante da imagem da Salus Popoli Romani, que o Pontífice venera particularmente e à qual confia sempre as suas viagens apostólicas, prestando homenagem antes da sua partida e depois do seu retorno. Em 5 de agosto de 2018, ao concluir o Angelus, o Papa pediu que a Virgem Maria “nos sustente em nosso caminho de fé e nos ajude a nos abandonarmos com alegria ao plano de Deus para as nossas vidas".
Pela parte da manhã de hoje, de Solenidade da Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior em Roma, o ápice da festa com uma celebração eucarística. Na hora do canto do Glória, no interior da Basílica, uma tradicional chuva de flores recorda o “milagre da neve” em pleno verão do ano de 358. Durante a tarde, a recitação do Santo Rosário, seguida pelas Solenes Segundas Vésperas, com uma nova chuva de flores durante o Magnificat. Ao final do dia, a missa de encerramento da festa, para, à noite, diante da basílica, recordar “o milagre da neve” com o projeto idealizado pelo arquiteto italiano.