Cotidiano

MRE cobra investigação rápida na morte de amapaense na Bolívia





 

O Ministério das relações Exteriores (MRE) cobrou do governo boliviano para que apresse as investigações sobre a morte do amapaense Vinícius Chagas Maciel, de 32 anos, que foi espancado e enforcado por moradores do povoado de San Julián, a 150 quilômetros de Santa Cruz de La Sierra.

O órgão solicitou, através de nota publicada nesta sexta-feira (23), que a Embaixada Brasileira em La Paz, na capital da Bolívia, atue junto com as autoridades do país para solucionar o caso.

O Consulado Geral do Brasil, localizado em Santa Cruz de La Sierra, informou que acompanha o caso e que mantém contato com as autoridades locais e com familiares par prestar a assistência cabível.

A família do amapaense busca auxílio para trazer o corpo dele para o estado. Segundo eles, o translado custa em torno de R$ 15 mil.

Entenda o caso

Vinícius Maciel, morador do município de Santana, foi para o país vizinho em busca de trabalho há cerca de sete meses. Atualmente, ele trabalhava como borracheiro e ajudante de pedreiro e tinha como objetivo cursar medicina, informou a família.

Na noite de segunda, ele foi capturado por um grupo de moradores sendo acusado de roubo. A morte brutal foi registrada e compartilhadas pelas redes sociais e sites de notícias da Bolívia. Outro brasileiro que estava com Vinícius conseguiu fugir em uma caminhonete.

No vídeo, Vinícius tenta explicar que não é ladrão e que teria apenas ido cobrar uma dívida. No entanto, populares não deram atenção ao que ele dizia e iniciou uma série de espancamento. Ele foi amarrado pelo pescoço a uma corda, onde foi enforcado. Toda a cena ocorreu em praça pública.

A Polícia Boliviana investiga o caso e poderá punir os responsáveis pelo assassinato do amapaense. Vinícius tinha uma filha de sete anos.