Saúde

Vacinas de produtoras diferentes só em casos de exceção, diz Ministério da Saúde





Ainda segundo a secretária da pasta, Rosana Leite, o ministério não recomenda a aplicação de uma terceira dose, mas já planeja vacinação para 2022

A secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, afirmou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26) que grávidas que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca podem receber a segunda dose de outro imunizante. 

Segundo a secretária, a intercambialidade -- como é chamado o processo -- deve ser feita preferencialmente com a vacina da Pfizer. Há estudos, ainda, que verificam a possibilidade da aplicação da Coronavac como segunda dose.

Leite ressaltou, no entanto, que o processo deve ser feito apenas em casos de "exceção", como as grávidas, pessoas que tiveram reações alérgicas ou que precisem terminar o esquema vacinal.

"Como tudo na Covid-19, os estudos são muito recentes e nós não conseguimos, ainda, com evidências extremamente robustas chancelar este ou aquele [imunizante]. É importante que elas [grávidas] se vacinem e façam essa intercambialidade, principalmente com a vacina da Pfizer, a qual existem estudos mostrando essa efetividade", explicou. "Na excepcionalidade, ela poderá usar, sim, também a Coronavac, que mostra uma boa efetividade".

Havia a previsão de que o chefe da pasta, Marcelo Queiroga, participasse da coletiva. Ele, porém, não falou à imprensa.

Sobre uma possível terceira dose, a secretária disse que a recomendação do Ministério da Saúde é contrária até o momento e reforçou que a pasta se já prepara para a vacinação de 2022.

Rosana Leite avaliou também que a variante Delta é o que mais preocupa o ministério atualmente. Temendo o avanço da cepa, a pasta vai intensificar a vacinação nas faixas de fronteiras. 

"Uma das medidas que vem sendo utilizadas por nós foi a vacinação na faixa de fronteira e na linha de fronteira. Começamos isso há aproximadamente três semanas. Provavelmente na próxima semana nós vamos ampliar a vacinação para municípios de faixa de fronteira. Terminaremos linha de fronteiras essa semana", disse.

Questionada sobre a redução do intervalo de aplicação das doses da Pfizer, Leite afirmou que o momento é de se pensar na aplicação da primeira dose. Segundo ela, só depois -- quando a vacinação já estiver avançada -- é quando a pasta vai se debruçar sobre essa redução.

Fonte: CNN Brasil