Política

CPI da Covid ouve Cristiano Carvalho, procurador da empresa Davati





CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (15) o procurador da empresa Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho. O executivo foi citado no depoimento do representante da empresa, Luiz Paulo Dominguetti.

De acordo com Dominguetti, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, condicionou o negócio com a Davati em troca de propinas no valor de U$ 1 por dose de vacina.

O depoimento de Cristiano foi pedido pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que considera a denúncia "gravíssima". A proposta da Davati seria vender 400 milhões de vacinas da AstraZeneca por U$ 3,50, mas o preço acabou inflado para U$ 15,50. Matéria da Folha de S.Paulo afirmou que chegou a Dominghetti devido a informação repassada por Cristiano Carvalho. Ainda segundo o jornal, o valor da propina chegaria a R$ 1 bilhão.

Em depoimento à CPI em 1º de julho, Dominguetti confirmou a denúncia de que teria sido assediado com propostas de propina. E acrescentou que parlamentares procuraram Cristiano Carvalho nessas intermediações.

Domnguetti disse ainda que recebeu de Cristiano Carvalho um áudio do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que denunciou esquema de compra da vacina Covaxin pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), negociando a compra de vacinas. O deputado nega e diz que o áudio é de 2020 quando negociava luvas descartáveis.

Requerimentos de informação

A CPI aprovou 33 requerimentos de informação. A comissão quer saber, por exemplo, quem foram os médicos voluntários que acompanharam a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, em viagem a Manaus (AM).

Fonte: Congresso em Foco