Política

Lira diz que Guedes faz gesto arriscado por justiça social no IR





O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, em tom de elogio, que o ministro da Economia, Paulo Guedes faz “um gesto arriscado” nas mudanças propostas para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica.

O relator das mudanças nesses tributos, Celso Sabino (PSDB-PA), apresentousua versão do projeto mais cedo nesta 3ª feira (13.jul.2021). Ele propõe, com o aval do governo, reduzir o imposto sobre o lucro das empresas de 15% para 5% em 2022 e para 2,5% em 2023. As pessoas jurídicas que lucram mais de R$ 20.000 têm adicional de 10%.

“Para as empresas que excedem o lucro de 20.000 por mês de 25% vai cair para 12,5%”, disse Sabino. Essas alterações fariam o governo arrecadar R$ 30 bilhões a menos em impostos.

“O governo está com um sentimento de acreditar que desonerando o capital produtivo a economia vai reagir e vai aumentar a arrecadação”, disse Arthur Lira.

“Vem-se demonstrando isso já no ano de 21. Ultrapassando essa fase nós vamos para um crescimento também em 2022 e essa previsão só é para 2023, então há tempo de se ajustar”, declarou ele.

“Absolutamente a confiança, e um gesto arriscado do ministro Paulo Guedes que está dando um crédito para que a gente faça justiça social no imposto de renda, tanto pessoa jurídica quanto pessoa física”, disse o presidente da Câmara.

Sabino disse que a ideia é votar o projeto ainda em 2021. A Câmara entra em recesso na 6ª feira (16.jul.2021) e deve voltar apenas no começo de agosto. Lira afirmou que o relator conversará com os demais deputados e poderá ter o texto pronto para voto ainda antes do recesso.

Lira também afirmou que o plano é votar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) no plenário do Congresso até 6ª feira (16.jul.2021). Sem isso não há recesso oficial. Há ceticismo entre congressistas se dará tempo.

O presidente da Câmara também disse que tem conversado com os presidentes de outros poderes. Segundo ele, poderá haver uma reunião na 4ª feira (14.jul) de manhã. Quem organiza é o chefe do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux.

Houve tensão política nos últimos dias entre os poderes depois de Jair Bolsonaro dizer, na 6ª feira (9.jul.2021), que pode não haver eleições em 2022 e insultar o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF Roberto Barroso.

Fonte: Poder360