Política

Movimento Pró-Bolsonaro é contra apoio do PSL/AP à Waldez Góes





 

Apoiadores do presidenciável no Amapá afirmam que decisão do partido não representa a maioria, que optaram pela neutralidade.

Redação

Nesta quarta-feira (24), o Partido Social Liberal (PSL) do Amapá declarou apoio à candidatura de Waldez Góes (PDT), candidato à reeleição pelo governo do Estado. Entretanto, a decisão não agradou apoiadores e simpatizantes do partido, cujo o presidenciável Bolsonaro faz parte, pelo apoio dado na disputa estadual.

Para os apoiadores, que integram o chamado “movimento pró-Bolsonaro”, a decisão da direção do partido não representa a maioria. A declaração ainda foi vista como surpresa, após o ex-candidato ao governo, Cirilo Fernandes, declarar neutralidade no segundo turno.

O PSL justificou o apoio à Waldez Góes referindo-se a um comunicado que foi repassado aos filiados e apoiadores a orientação de impedir governos “dotado de carga comunista e socialista se instale novamente no poder executivo dos estados”. Baseado nessas informações, a direção do partido optou por apoiar o candidato à reeleição.

A decisão não agradou os demais apoiadores, filiados e simpatizantes do partido, que lançaram uma nota sobre o assunto. O movimento Pró-Bolsonaro enfatizou que o PSL nacional não se posicionou quanto ao apoio de algum dos candidatos no Amapá, e que continuará com a decisão de se manter neutro.

Confira a nota:

Nota do verdadeiro movimento de apoio a Bolsonaro no Amapá

Quanto a nota do presidente do PSL no AP, manifestando apoio ao PDT, temos a dizer que seguiremos a decisão tomada pelos verdadeiros membros (e não por um autointitulado líder) do movimento Pró-Bolsonaro no Amapá, de nos mantermos neutros, respeitando os princípios democráticos da escolha de cada membro, como melhor saída para que nosso movimento continue a crescer de maneira independe e sem vinculação com velhas políticas locais.

Lembrando que esse mesmo presidente local do PSL que expediu essa nota, teve pouco mais de 400 votos em sua candidatura a deputado federal, e que ele não representa a complexidade de forças, grupos voluntários e espontâneos que se uniram em torno do projeto de apoio à Bolsonaro no Amapá.

O próprio PSL nacional não se posicionou quanto ao apoio de algum lado aqui no Amapá. Nosso movimento é supra-partidário e não está subordinado ao PSL. Respeitamos quem irá votar no amarelo ou azul até mesmo no branco ou nulo, mas nosso movimento não manifestará apoio a nenhum dos dois lados.

 

Decisão de Cirilo

O ex-candidato ao governo pelo PSL se manifestou sobre o assunto. Cirilo Fernandes afirmou neutralidade no segundo turno, mesmo após decisão do partido.

Em nota ele diz que “a Executiva Estadual do PSL do Amapá é soberana para tomar as decisões que entender convenientes”. Enfatiza também que “optei pela neutralidade nas eleições ao governo do Amapá, em respeito aos 45.197 votos. Entendi que precisava me dedicar inteiramente à campanha do nosso presidente Jair Bolsonaro, como de fato o fiz, visitando vários municípios na companhia dos Bolsonaristas que comungam do mesmo propósito””, diz trecho da nota.