O líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), criticou neste domingo (11.jul.2021) o cronograma de audiências da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado.
O depoimento do congressista ao colegiado estava marcado para a última 5ª feira (8.jul.2021), mas foi adiado, sem nova data definida. Para Barros, o fato de a comissão não convocá-lo para depor é uma “covardia”.
“COVARDIA. Meu nome já foi citado 96 vezes na CPI. Todos os depoentes me isentaram. O dono da Precisa já disse que não me encontra há 3 anos. Reafirmo que não participei das negociações da Covaxin. Por que a CPI só me ataca e não me dá direito à defesa?! Isso tem nome: COVARDIA”, publicou em seu perfil no Twitter.
Ricardo Barros é alvo de suspeitas envolvendo supostas irregularidades nas negociações de compra da Covaxin, vacina indiana contra a covid. Seu nome foi citado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) na CPI. Segundo o congressista, o presidente Jair Bolsonaro teria mencionado Barros ao saber dos problemas nas tratativas do imunizante.
O líder do Governo já afirmou que não tem “nenhuma questão” com Luis Miranda. “Ele fez o que achou que deveria, e eu estou procurando a oportunidade de ir à CPI para esclarecer os fatos que envolvem o meu nome”.
Barros acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) no começo de julho. Alegou que estava sendo impedido de exercer sua defesa “por abuso de poder da CPI”.
Nesse sábado (10.jul.2021), durante debate do Grupo Prerrogativas sobre a CPI da Covid no Senado, senadoras afirmaram que Ricardo Barros será ouvido na CPI. Mas que a comissão ouvirá outras pessoas antes.
“Nós ainda precisamos ouvir mais alguns personagens do caso Covaxin, que é a vacina em que nós temos mais elementos probatórios”, afirmou Simone Tebet(MDB-MS).
Segundo Eliziane Gama (Cidadania-MA), Ricardo Barros “tentou criar uma situação”. “Ele foi ao Supremo Tribunal Federal, pediu para ser ouvido pela CPI. Ora, pelo amor de Deus, como é que nós não vamos ouvir o Ricardo Barros?” questionou.
Fonte: Poder360