Cotidiano

CPI ouve servidor do Ministério da Saúde sobre compra da Covaxin





A CPI da Covid recebe nesta sexta-feira (8) William Amorim Santana, servidor que atua no departamento de importação do Ministério da Saúde. O nome de Willian foi citado anteriormente na comissão como sendo responsável por "pressões atípicas" em prol da importação da Covaxin pelo governo federal.

A pressão pela compra da vacina indiana foi relatada durante o depoimento de Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde e do irmão do deputado Luís Miranda (DEM-DF), à CPI da Covid. Eles apontaram problemas na compra da vacina. "A gente está habituado a ter esse tipo de pressão para que faça a vacina chegar o quanto antes. Mas nesse caso em específico ela foi totalmente atípica e excessiva" disse Luis Ricardo.

O contrato de importação de 20 milhões de doses da vacina indiana está hoje suspenso pela Controladoria-Geral da União (CGU), após denúncias de irregularidades. O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados, foi acusado na CPI de ter participação de um esquema envolvendo a Precisa Medicamentos.

Nessa semana, a servidora da pasta Regina Célia Oliveira também implicou William Santana como o responsável pela liberação do contrato.

A CPI ainda não tem definidas as sessões marcadas para a próxima semana, que deve ser a última antes do recesso parlamentar do Senado Federal.

Depoimento

Wiliam começou o seu depoimento explicando que é consultor técnico da saúde. De acordo com ele, a sua função é analisar invoices. Ele informou à CPI que recebeu um e-mail no dia 18/03 com documentos e a invoice do contrato da Precisa Medicamentos. No mesmo dia, enviou os documentos para a fiscalização de contrato do Ministério da Sáude, departamento chefiado por Regina Célia. No dia 22/03, ele avisou ao setor que a entrega das vacinas Covaxin estava atrasada.

Fonte: Congresso em Foco