Cotidiano

Covid-19: parceria entre Governo e Unifap produz EPI para profissionais de saúde





Protetores faciais produzidos em 3D através de projeto da Unifap

O projeto voltado ao desenvolvimento de equipamentos de proteção individual (EPI), orquestrado por docentes e alunos da área de exatas da Universidade Federal do Amapá (Unifap), começou a desenvolver, ainda no início da pandemia de covid-19, face shild para serem doadas a profissionais na linha de frente no enfrentamento ao vírus.

Atualmente, os participantes do projeto também desenvolvem máscaras de mergulho (ventilação) e adaptadores, que podem ser utilizados para auxiliar a respiração nos casos menos graves de covid.

A face shild é, como a tradução literal diz, um escudo facial feito de acrílico ou plástico que cobre todo o rosto e atua junto ao uso de máscara como um aliado na prevenção ao contágio pelo novo coronavírus, pois bloqueia o contato facial com aerossóis disseminados em situações de contato de muita proximidade.

As máscaras de mergulho são adaptações feitas para ajudar na respiração de pacientes em menos graves de covid-19. Elas também apresentam maior segurança aos profissionais, pois a vedação exclui o contato com aerossóis liberados durante a intubação, por exemplo. 

O projeto surgiu no início da pandemia devido a escassez desses equipamentos para compra. Os materiais impressos são doados às corporações e hospitais que necessitam, de acordo com as solicitações apresentadas. A coordenadora do projeto, Cristina Badinni, conta com uma equipe de cinco professores e seis estagiários das áreas de engenharia civil, elétrica e matemática.

"O objetivo inicial era produzir mil escudos faciais, mas dobramos essa meta e estendemos o período de vigência do projeto. Durante o funcionamento já distribuímos para praticamente o estado todo. Corpo de bombeiros, SAMU, Iapen, SVS, HU. Enviamos para quem precisava", completou  a coordenadora.

O estagiário do projeto, Hudson Paes, que está desde o início das atividades e atua diretamente na impressão dos equipamentos, conta que o processo é simples.

"Criamos um modelo no computador e mandamos para impressora 3D. O filamento, que é uma espécie de plástico, é derretido e a impressora desenha camada por camada até completar o objeto. A impressão de cada objeto dura em média 1h20", explicou o estagiário.

O Hospital Universitário (HU) recebe equipamentos criados pelo projeto de acordo com as demandas. Para a diretora geral da unidade, Ivna Amanajas, a doação desses EPIs foi de grande ajuda no início da pandemia, quando era muito complicado adquirir aqui em Macapá esse produtos.

"Nós passamos por um período difícil para adquirir alguns equipamentos e a possibilidade de imprimir justamente os que nos faltava foi uma mão na roda em diversas situações. Hoje em dia usamos muito os adaptadores e conectores feitos pelos alunos do projeto. Somos gratos a todas as doações e o projeto é maravilho também pelo incentivo à ciência", afirmou a diretora.

Fonte: Portal Governo do Amapá