A PGR (Procuradoria-Geral da República) quer ouvir o presidente Jair Bolsonarono inquérito que deverá ser aberto pela ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar se ele cometeu prevaricação em relação ao contrato de compra da vacina Covaxin.
A PGR pediu hoje à ministra que abra um inquérito para verificar a alegação do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, de que avisaram ao presidente sobre uma suposta irregularidade na compra do imunizante.
No documento em que pediu a abertura de inquérito, a PGR listou uma série de providências necessárias, entre elas "ouvir os supostos autores do fato". Não há citação nominal a esses investigados, mas o UOL apurou que se trata do presidente Bolsonaro e do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, embora outras pessoas também devam ser ouvidas.
Ainda não é certo, porém, se Bolsonaro será efetivamente ouvido e de que forma. Entre outros caminhos, ele pode informar ao STF que não pretende prestar depoimento ou que responderá perguntas por escrito, mas a decisão dependerá da ministra Rosa Weber.
Bolsonaro tenta, até hoje, evitar o depoimento presencial em outro inquérito, que investiga a afirmação do ex-ministro Sergio Moro de que ele teria tentado interferir na PF (Polícia Federal). Está agendado para 29 de setembro, no plenário do STF, o julgamento que decidirá se o presidente precisará depor e, nesse caso, de que forma, se escrita ou presencial.
Fonte: UOL