Cotidiano

Amapá é o 7º estado com maior crescimento da miséria nos últimos 4 anos





 

Na média nacional, essa situação representou 4,8% da população em 2017, contra 3,2% em 2014. O Amapá é a sétima Unidade da Federação com o maior crescimento no número de pessoas em situação de miséria (3,1%), ficando atrás apenas de Roraima (3,2%), Maranhão (3,6%), Piauí (4,1%), Sergipe (4,8%), Bahia (5%) e Acre (5,6%).

Redação

Nesta semana, a Tendências Consultoria divulgou um levantamento sobre a miséria no Brasil, entre 2014 a 2017. Na média nacional, a miséria subiu para 4,8% da população em 2017, contra 3,2% em 2014. De acordo com o Governo Federal, a condição de extrema pobreza refere-se às pessoas com renda familiar per capita de até R$ 85 por mês.

O Amapá é o sétimo estado brasileiro com o maior crescimento no número de pessoas em situação de miséria (3,1%), ficando atrás apenas de Roraima (3,2%), Maranhão (3,6%), Piauí (4,1), Sergipe (4,8%), Bahia (5%) e Acre (5,6%).

O diretor da entidade responsável pelo levantamento afirmou que há uma forte correlação entre a crise econômica e a evolução da pobreza. “Não surpreende que os estados que mais sofreram com a recessão foram os que tiveram maior piora na pobreza extrema”, ponderou.

Com exceção de Tocantins e Paraíba, todos os demais 25 estados brasileiros registraram um aumento no índice de miséria, nos últimos 4 anos. Mas, apesar da piora generalizada, os estados do Sul e Sudeste estão entre os menos prejudicados pela crise. A situação é particularmente pior no Nordeste e em parte do Norte.

“O Nordeste era um destaque positivo de renda e consumo nos anos anteriores à crise, com peso grande de aposentadorias, do Bolsa Família e da folha de pagamento de servidores. Regiões mais dependentes dessa transferência de renda sofreram mais”, analisa o diretor da Tendências.

Sete estados nordestinos tiveram uma piora da situação. Bahia, Sergipe, Piauí foram os estados da região com o maior crescimento da pobreza extrema. No Maranhão, ela chegou a 12% em 2017, o pior resultado do país. Com 5,6%, o Acre foi o estado que mais teve um aumento da pobreza extrema entre 2014 e 2017.

O estudo ainda não levantou os dados de 2018, mas há expectativa de uma melhora muito discreta na taxa de extrema pobreza no país. De acordo com o diretor, isso deve ocorrer devido à lenta recuperação da economia.