O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM) confirmou que a comissão ouvirá na sexta-feira (2) Luiz Paulo Dominguetti, representante da empresa Davati. O representante irá explicar detalhes sobre uma reportagem onde afirma que Ministério da Saúde pediu propina no valor de US$ 1 (aproximadamente R$5,50) por dose de vacina da covid-19 a ser comprada pela pasta.
Uma denúncia publicada pelo jornal 'Folha de S. Paulo' na noite desta terça-feira (29) indica que o diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, estaria à frente da negociação paralela. A proposta de 400 milhões de doses poderia gerar uma propina próxima a R$ 2,2 bilhões.
Em entrevista ao jornal, o representante da empresa Davati Medical Suply, Luiz Paulo Dominguetii Pereira, revelou a cobrança de propina. A empresa intermediava a venda de doses da vacina AstraZeneca. Até então, imaginava-se que todas as vacinas dessa marca eram adquiridas a partir de contrato com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fabrica o imunizante no Brasil.
Ainda de acordo a reportagem, Roberto Ferreira Dias teria cobrado a propina. Dias é apontado como tendo sido indicado ao cargo pelo líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
A empresa Davati negociava com o ministério a aquisição de 400 milhões de doses da AstraZeneca. De acordo com a reportagem, Roberto Dias fez a proposta de propina em uma reunião com o representante da empresa no restaurante Vasto, em Brasília.
Nas rede sociais, Ricardo Barros negou relação tanto com Roberto Dias quanto com a negociação com a empresa Davati.
Fonte: Congresso em Foco