Política

Relator prevê implementação gradual do voto impresso





Filipe Barros tentou enfatizar que a matéria não tem como intenção acabar com a urna eletrônica e atacou aqueles que criticam o texto 

Relator da proposta de emenda à Constituição que visa a instalação de um sistema de impressão de voto nas eleições, o deputado Filipe Barros (PSL-PR) apresentou parecer ao texto na tarde desta segunda-feira (28).

O parlamentar leu o relatório na comissão especial criada para analisar o mérito da matéria. A proposta foi aprovada e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ainda em 2019 e, se for aprovada no colegiado, seguirá para a análise em plenário.

No relatório de 68 páginas, Filipe Barros tentou enfatizar que a matéria não tem como intenção acabar com a urna eletrônica e atacou aqueles que criticam o texto.

“A proposta é muito clara e sua redação é curta e simples: não se pretende a substituição das urnas eletrônicas e o retorno a votação em cédulas de papel, como ocorria no passado. É de se estranhar que, mesmo assim, alguns insistem em confundir a opinião pública, às vezes de maneira muito sutil, com a utilização de expressões ambíguas, induzindo a população a erro”, afirmou.

Comissão Geral para tratar da Reforma Eleitoral. Dep. Filipe Barros PSL - PRFoto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O texto prevê a alteração do artigo 14 da Constituição Federal, que passaria a ter uma nova redação prevendo uma impressora junto à urna eletrônica. “No processo de votação e apuração das eleições, dos plebiscitos e dos referendos, independentemente do meio empregado para o registro do voto, é obrigatória a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas, de forma automática e sem contato manual, em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”, traria o artigo.

O relator explica que, se o texto for aprovado, o eleitor votará na urna eletrônica, que efetua o registro digital do voto, imprime e o deposita em urna indevassável, após a conferência pelo eleitor, sem qualquer contato manual.

“A apuração ocorrerá logo após o encerramento da votação, exclusivamente pelo registro impresso do voto. Essa apuração será automatizada, com o uso de equipamentos de contagem de votos aptos a revelar visualmente o conteúdo do voto, evitando, assim, qualquer desvio na contabilização”, completa.

Importante destacar que o deputado prevê uma implementação gradual do voto impresso. Segundo o texto, haverá um limite mínimo de 20% das seções eleitorais nas eleições de 2022 e sua conclusão em 100% será realizada até as eleições de 2030.

Fonte: CNN Brasil