Política

Randolfe e Lucas Barreto são eleitos senadores do Amapá





 

O resultado contraria, parcialmente, as pesquisas divulgadas nas últimas semanas. Lucas Barreto aparecia em terceiro lugar. Neste pleito, apenas duas vagas foram disponibilizadas ao estado.

Redação

Entre os cargos escolhidos pela população amapaense nesse domingo (07), dois cargos de senadores estavam concorrendo à disputa eleitoral. O resultado surpreendeu uma boa parcela da população, já que não era o esperado pelas pesquisas.

Para o cargo de senador do Amapá estavam na disputa Randolfe Rodrigues (REDE), Lucas Barreto (PTB), Janete Capiberibe (PSB), Bala Rocha (PSDB), Guaracy (PTC), Fátima Pelaes (MDB), Gilvam Borges (MDB), Dr. Ricardo Santos (PSL), Dr. Davi (PSTU), Wagner Gomes (PMN), Joaquina Lino (PCB) e Jorge Amanajás (PPS).

Apesar de as pesquisas divulgadas, na última sexta-feira (05), terem apontado Randolfe Rodrigues (REDE) com 34% das intenções de voto, seguido por Janete Capiberibe (PSB) com 17%, os resultados saídos diretamente da urna demonstraram uma reviravolta nos números, de tal modo que, ao final, Randolfe Rodrigues acabou com 37,96% das intenções, contabilizando 264.798 mil votos, sendo um dos senadores mais votado.

Atrás dele ficou Lucas Barreto, com 18,38% dos votos, totalizando 128.186 votos. Janete, que aparecia como 2º colocada nas pesquisas, acabou ficando em 3º lugar, somando 125.123 votos, o que, em percentuais, significam 17,94% dos votos amapaenses.

Janete também foi uma das candidatas a terem seus votos divulgados como nulos durante a apuração dos votos, pelo fato de sua candidatura ter coligação com o Partido dos Trabalhadores, que teve todas suas candidaturas indeferidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, por conta de ausência de prestação de contas referente ao ano de 2015.

Mesmo com a liminar que deferiu o pedido da candidata e seus votos puderam ser computados, ela não conseguiu ultrapassar Lucas Barreto, ficando em terceiro lugar com 17,94%.

O que faz um senador?

Senadores têm funções diferentes dos deputados federais, como a de julgar o presidente da República por crime de responsabilidade, e representam os interesses de seus Estados no Legislativo.

Se o Brasil não tivesse um Senado, os interesses dos quatro Estados com mais habitantes do país poderiam prevalecer nas decisões do país, já que, na Câmara dos Deputados, o número de parlamentares é proporcional à população de cada unidade federativa (São Paulo tem 70 deputados, enquanto o Amazonas, por exemplo, tem 8).

Para que isso não aconteça em países politicamente divididos em Estados, que adotaram o chamado federalismo, como o Brasil e os Estados Unidos, surgiu a necessidade de um poder que representasse cada uma dessas unidades federativas. É assim que funciona o Senado brasileiro.

No total, o Senado tem 81 senadores, com uma divisão igualitária de cadeiras – cada um dos 26 Estados do país mais o Distrito Federal têm direito a 3 senadores cada um.

"A ideia de Senado surgiu para garantir esse equilíbrio federativo. É um poder que termina sendo moderador naquilo que a decisão dos deputados poderia colocar em risco", diz o cientista político e professor da PUC Ricardo Ismael.