Cotidiano

Em 5 dias, Amapá aumenta 100% dos focos de incêndio





 

Os índices deverão ser maiores neste 2º semestre devido à intensidade do clima. "Como esse período do verão no estado existem poucas chuvas, trabalhamos sempre com a possibilidade máxima do número, ou seja, a previsão de 3 mil focos para outubro e de cerca de 5,6 mil para novembro", afirma Jefferson Vilhena, coordenador do NHMET.

Redação

Mais de 8 mil focos de incêndios e queimadas foram registrados pelo Brasil de janeiro a maio de 2018, período de chuvas na região. Deste total, cerca de 51%, ocorreram na região da Floresta Amazônica, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Nesta semana, o Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis (NHMET) do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) divulgou relatório de seus trabalhos. Registrou-se, no dia 28 de setembro, 72 focos de incêndio e, no dia 2 de outubro, 180. O aumento é de mais de 100%.

"Estamos entrando nos meses que são registrados os maiores registros de focos de incêndios. Nessa última quinzena de setembro, assim como o início de outubro já apontam uma crescente", disse Jefferson Vilhena, coordenador do NHMET.  Na segunda quinzena de setembro, os registros mostram que os focos aumentaram de 444 para 746.

No Amapá, a média anual para o mês de outubro são de 1,5 mil focos, com margem de erro para mais ou menos, segundo o órgão. Para novembro, a previsão é ainda mais alta, de aproximadamente 2,6 mil focos.

O NHMET afirma, ainda, que os índices deverão ser maiores neste 2º semestre devido à intensidade do clima. "Como esse período do verão no estado existem poucas chuvas, trabalhamos sempre com a possibilidade máxima do número, ou seja, a previsão de 3 mil focos para outubro e de cerca de 5,6 mil para novembro", explicou.

Os municípios de Amapá, Mazagão e Calçoene são os que devem ter aumento no número de focos de incêndio até o fim de novembro.

Como forma de prevenção, o NHMET pede que a população evite queimar lixo e folhas de árvores, que são as práticas mais comuns de queimada feita pela população.

Estudos do NHMET apontam uma tendência de que, nesse mesmo período, o número de focos de incêndio no estado seja crescente nos próximos anos. Os estudos ainda não apresentam uma estimativa numérica de quanto poderá ser esse aumento.