Cotidiano

As piores rodovias do país estão no Amapá, aponta pesquisa





 

Avaliou-se 505 km, no qual 96,6% da extensão apresentou algum tipo de deficiência no estado geral. De acordo com a Confederação Nacional do Transporte, são necessários R$ 114,27 milhões para a manutenção dos trechos classificados como desgastados.

Redação

De acordo com a 21ª Pesquisa CNT, o Amapá é o pior estado geral das rodovias, se comparado ao restante do país. No Estado, por exemplo, o aumento do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 25,1% no transporte rodoviário.

O estado geral inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Na pesquisa CNT, 61,8% das rodovias brasileiras apresenta problemas. No Amapá, avaliou-se 505 km, no qual 96,6% (488 km) da extensão apresentou algum tipo de deficiência no estado geral (classificação regular, ruim ou péssimo). Somente 3,4% (17 km) tiveram classificação ótimo ou bom.

No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 59,8% da extensão avaliada no Amapá, enquanto que 40,2% foram considerados ótimo ou bom; 73,5% da extensão pesquisada apresentou a superfície do pavimento desgastada.

Em relação à sinalização, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que houve problemas de sinalização em 92,7% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 7,3%, o estado foi ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 71,4% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 49,4% da extensão pesquisada não teve condições satisfatórias de geometria; 50,6% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. O Estado teve 94,2% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.

De acordo com a Confederação Nacional do Transporte, são necessários R$ 114,27 milhões para a manutenção dos trechos classificados como desgastados.

Pesquisa CNT de Rodovias

Nesta sua 21ª edição, a pesquisa expandiu a sua abrangência ao percorrer 105.814 quilômetros de rodovias asfaltadas em todo o país para avaliar a evolução qualitativa da malha rodoviária e indicar necessidades de investimentos na malha à disposição da sociedade.

Os dados organizados, a partir de uma apuração balizada por rigorosos critérios técnicos, permitem uma visão completa e segura das condições das rodovias brasileiras. São informações fundamentais não apenas para auxiliar os transportadores na utilização de rotas mais rápidas, seguras e econômicas, mas também se configuram como um relevante instrumento para a elaboração de políticas públicas voltadas para a melhoria dos sistemas logísticos do país.