Política

Para deputado Camilo reforma administrativa é um contrassenso





Brasília, 10/06/2021 – “Quem está salvando o Brasil do coronavírus é o Sistema Único de Saúde – SUS – um sistema público que é feito por servidores públicos. É um profundo contrassenso debater essa reforma em plena pandemia”. A afirmação é do deputado federal Camilo Capiberibe (PSB/AP) ao posicionar-se contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) 32/2020, apresentada pelo governo Bolsonaro como “reforma administrativa”, que reduz a presença de servidores públicos nos serviços diretos ao cidadão. Camilo é membro da Comissão Especial que analisa a PEC na Câmara dos Deputados, instalada nesta quarta-feira.

Para Capiberibe, “nós temos uma profunda desigualdade nesse País que não é causada pelos servidores públicos, mas pelos mais ricos que não pagam impostos”, afirmou, ao defender que a prioridade para uma reforma tributária progressiva, que reduza os impostos sobre a classe média trabalhadora.

Camilo alerta que a proposta apresentada pelo governo “atinge sim servidores da ativa e perpetua desigualdades que existem no serviço público. Não pega as cúpulas dos poderes. Parlamentares, juízes, procuradores da República, militares não vão ser atingidos pela reforma administrativa”, enfatiza.

O socialista recorda que atacar os servidores públicos é uma estratégia ideológica já usada por outros presidentes, como Fernando Collor, que também pretendia reduzir os serviços aos mais pobres. “Os servidores públicos não são responsáveis pelos problemas que o Brasil atravessa. Os servidores exercem papel fundamental na administração de serviços para o povo brasileiros. Dos 600 mil servidores federais, 2/3 estão na saúde e educação, diga-se de passagem, muito mal remunerados”, defendeu.

Sizan Luis Esberci
Gabinete do deputado federal Camilo Capiberibe (PSB/AP)

Foto: Najara Araújo/Agência Câmara