Política

“Foi uma traição sem precedentes na história”, diz Gilvam sobre rompimento com Waldez Góes





(Foto: Lucas Maciel) 

Candidato ao Senado e presidente do MDB no Amapá, Gilvam não descartou a hipótese de anunciar apoio a outro concorrente ao Governo ainda no primeiro turno, durante as próximas semanas. Porém, no documento o MDB afirma que, em caso de segundo turno, fará o anúncio de apoio ao seu candidato no dia 8, às 10h, na sede do partido.

 

Na manhã desta quarta-feira, 29, o candidato ao Senado Federal pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Gilvam Borges, concedeu uma entrevista coletiva na sede do seu partido, localizado no bairro Santa Rita. Na ocasião, ele apresentou um manifesto político em que oficializa a ruptura de aliança com Waldez Góes (PDT), que concorre à reeleição ao cargo de Governador do Estado.

De modo geral, o manifesto apresenta um resumo dos 20 anos de uma aliança conturbada entre os dois partidos no Estado do Amapá. Em tom de ressentimento, enfatizou a “lealdade” dos emedebistas e a “ingratidão”, por parte do PDT.  No processo eleitoral em curso, o MDB afirma ter sofrido mais um golpe do seu ex-aliado.

“Agora, em 2018, mais uma vez, somos vítimas daqueles que sempre tiveram o nosso companheirismo. Mesmo sabendo da total inviabilidade eleitoral, o PDT colocou cinco candidatos ao Senado, dentro do mesmo grupo. Uma tentativa clara de prejudicar a nossa candidatura. Mais uma vez, paga-nos a lealdade com a ingratidão. Faz mal a quem sempre lhe fez o bem. Entre a honra e a desonra, o PDT escolheu a desonra e abandonou seu aliado mais fiel”, diz trecho do documento.

“Diante de tão lamentável quadro, resta-nos apenas dizer que, a partir de hoje, não somos aliados de Waldez Góes. Seguiremos de forma livre e independente os caminhos da verdade, do trabalho e da honradez”, continuou.

Após o pronunciamento, Gilvam disse aos jornalistas que já iniciou conversas com Davi Alcolumbre (DEM) e João Capiberibe (PSB). Ele não descartou a hipótese de anunciar apoio a outro concorrente ao Governo ainda no primeiro turno, durante as próximas semanas. No documento, porém, o MDB afirma que, em caso de segundo turno, fará o anúncio de apoio ao seu candidato no dia 8, às 10h, na sede do partido.

“O Governador Waldez já tem seus dois candidatos, que é Lucas Barreto e Fátima Pelaes. Estou fazendo campanha há um ano e meio. Nós fomos traídos novamente. Então, essa posição é uma posição política pra dizer ó: ‘não podemos mais está onde não deveríamos está’, porque o Governador Waldez foi buscar os seus ex-adversários, né? E formou um palanque, uma armadilha, uma tragédia, me levando a um calabouço, me imobilizando. Foi uma traição sem precedentes na história”, ponderou Gilvam durante entrevista.

Papaléo Paes (PSD), que recentemente renunciou ao cargo de vice-governador, compareceu no evento para prestar solidariedade a Gilvam. Indagado sobre quem terá seu apoio na corrida pelo Governo, o médico afirmou que apoiará o candidato do Democratas, Davi Alcolumbre.

“Nós não podemos ficar na mesmice ou com práticas terríveis. Essas práticas não interessam ao Amapá, e sim às pessoas que demonstram um aspecto clínico psicopático pelo poder”, justificou. Finalizada a entrevista, o manifesto foi registrado em cartório e encaminhado ao Palácio do Setentrião.

 Redação