Saúde

UTI Neonatal e Centro cirúrgico do hospital UNIMED são interditados





 

Inspeção identificou unidade funcionando de forma clandestina e materiais com datas vencidas.

 

Na última sexta-feira (24) a Superintendência da Vigilância Sanitária (SVS), por meio da Promotoria de Defesa da Saúde, interditou o Centro Cirúrgico e uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal no Hospital UNIMED Macapá, localizado no bairro Jardim Marco Zero, zona sul da cidade. A inspeção foi realizada no dia 16 deste mês e, na ocasião, foram encontradas inúmeras irregularidades tanto na estrutura do Centro Cirúrgico do hospital, como na UTI Neonatal, que funcionava de forma clandestina.

A ação movida pelo Ministério Público (MP/AP) contra o hospital teve início no ano de 2016, quando a Promotoria de Defesa da Saúde requereu ao juiz da 4° Vara Cível e de Fazenda Pública a execução de ação contra o hospital, por desobediência ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Toda e qualquer cooperativa médica possui a obrigação de cumprir com o TAC, no qual se comprometem a realizar inúmeros reajustes para poderem funcionar adequadamente.

As cooperativas UNIMED Macapá e Federação das UNIMED’s da Amazônia (FAMA) assinaram o TAC e comprometeram-se a realizar as adequações necessárias, mas, desde então, nenhuma adequação foi realizada.

Durante a última inspeção foram constatadas as seguintes precariedades: insegurança no processo de esterilização (foram localizados pacotes de materiais esterilizados com data de validade vencida); presença de equipamento doméstico (micro-ondas) para recomposição da temperatura de soluções fisiológicas usadas nas cavidades abdominais em cirurgias; sala de recuperação pós-anestésica sem equipamentos necessários ao funcionamento (respirador mecânico e monitor multipâremetro), e avarias no piso da sala cirúrgica.

Diante das constatações, o MP/AP recomendou a interdição dos referidos espaços. Na ocasião, encontravam-se a titular da Promotoria de Defesa da Saúde, promotora de justiça Fábia Nilci, junto da assessora técnica Elizete Paraguassu. Encontravam-se ainda a administradora do hospital, Lucineide Silveira e o coordenador de enfermagem, enfermeiro Jorge Luiz Rocha.

Acerca da existência de uma UTI Neonatal clandestina, o Ministério Público (MP/AP), em nota oficial no site, afirma que “importante enfatizar que a durante as tratativas de adequação do hospital na Promotoria da Saúde e em documentação expedida pela cooperativa Fama / Macapá houve a afirmação, por parte da administração, de que não haveria instalação de ambiência para o tratamento intensivo de recém-nascidos, tipo UTI NEO. Por isso, foi recomendado à Vigilância Sanitária a interdição sumária da ambiência.

Ainda nesta sala, foram encontrados materiais para intubação e cateterescom datas de esterilização expirada e de fabricação vencida há 5 anos, e também produtos para limpeza e desinfecção com rasuras na rotulagem.

 Redação