Fonte: Vatican News
Entre os vários apelos no Regina Coeli deste domingo, o Papa Francisco também dirigiu seu pensamento à população da República Democrática do Congo, atingida pela erupção de um vulcão no início da noite de sábado:
Rezemos também pela população da cidade de Goma, na República Democrática do Congo, obrigada a fugir devido à erupção do grande vulcão Nyiragongo.
De fato, milhares de pessoas tiveram que abandonar a cidade de Goma, na República Democrática do Congo, devido à erupção do vulcão Nyiragongo iniciada na noite do sábado. Ao menos 3 mil pessoas fugiram em direção à Ruanda, segundo uma TV local. Na precedente grande erupção, ocorrida em 17 de janeiro de 2002, toda a parte leste da cidade ficou coberta de lava, matando mais de 100 pessoas. Já em 1977, a erupção do vulcão de 3 mil metros havia causado a morte de 600 pessoas.
A erupção teve início na noite de sábado e o vulcão continuou a expelir lava durante toda a noite. O fluxo de lava desceu dos flancos do vulcão e parou nos subúrbios da cidade. As autoridades locais relatam que a lava atingiu a pista do aeroporto. Fogo e vapores fortes emanam da frente de lava rochosa, enegrecida e sempre instável. Vários tremores foram sentidos em Goma desde o amanhecer deste domingo.
O fornecimento de energia elétrica foi interrompido em grande parte da cidade. “A situação está se deteriorando”, disse um funcionário do Parque Nacional de Virunga, onde está localizado o vulcão.” O governo a ativou o plano de evacuação da cidade de Goma.
Na estrada a sudoeste da cidade em direção à localidade de Sake, região de Masisi, onde milhares de pessoas que fugiam da erupção repentina se refugiaram durante a noite, muitos preferiram esperar: “Não estamos convencidos de que a erupção vá acabar repentinamente, então esperamos”, explicou um pai de família.
“As pessoas estão voltando aos poucos para suas casas, a situação está bastante calma por enquanto”, testemunhou um morador”. “Mas a população ainda está com medo, está envergonhada porque as autoridades não fizeram nenhum comunicado esta manhã”, acrescentou.
O presidente do país, Felix Tshisekedi, anunciou que interromperá sua viagem diplomática à Europa para retornar à sua terra natal e "supervisionar a coordenação dos esforços de socorro". O mandatário acompanha de perto a evolução da situação humanitária e de segurança no Kivu do Norte.