Economia

AP tem a maior taxa de desocupação do país e queda de R$ 445 no rendimento médio





 

No 2º trimestre de 2018, a massa de rendimento dos trabalhadores amapaenses caiu R$ 41 milhões (-6,9%) na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, a redução foi de R$ 145 milhões (-20,9%).

 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, nesta semana, a primeira Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua do segundo semestre de 2018. Nela, o Amapá destaca-se por possuir a maior taxa de desocupação (21,3%) entre as Unidades da Federação. Mesmo que inglório, o resultado demonstra uma queda de 79 mil para 78 mil pessoas desocupadas, em relação ao primeiro trimestre deste ano.

Para o IBGE, pessoas desocupadas são aquelas sem trabalho, que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias.  Nesta perspectiva, em segundo lugar na pesquisa está Alagoas (17,3%) e em terceiro, Pernambuco (16,9%). As menores taxas foram observadas em Santa Catarina (6,5%), Rio Grande do Sul (8,3%) e Mato Grosso do Sul (8,5%).

Em relação às pessoas ocupadas, também houve queda. O número saiu de 296 mil para 288 mil no 1º trimestre de 2018 na comparação com o 4º trimestre de 2017. O número de pessoas fora da força de trabalho, por sua vez, foi de 237 mil, representando uma elevação de 3,2% em relação ao trimestre anterior, e 2,7% em relação ao mesmo trimestre de 2017.

No Amapá, em comparação a 2017, os empregados no setor privado com carteira tiveram uma redução de 3 mil pessoas. Já os empregados no setor privado sem carteira apresentaram um aumento de 4 mil pessoas (15,9%). Manteve-se estável o número de trabalhadores por conta própria (permaneceu em 86 mil pessoas) na comparação entre os 2 primeiros trimestres de 2018.

A administração pública empregava 77 mil pessoas no 2º trimestre de 2018. O que representava 26,7% do total de pessoas ocupadas, sendo a 2ª mais alta proporção do país. Atrás de Roraima (28,5%) e à frente do Tocantins (23,7%). Por outro lado, São Paulo (8,9%), Santa Catarina (10,7%) e Paraná (11,5%) tinham as menores participação de empregados no setor público entre as Unidades da Federação.

Os empregados amapaenses no setor público recebiam em média R$ 3.697. O valor reduziu em R$ 178 na comparação com o trimestre anterior (-4,6%). Em relação ao mesmo período de 2017, os empregados públicos tiveram perda de 4,3% nos seus rendimentos médios (- R$ 168).

O setor de transporte, armazenagem e correio apresentou queda de 24,7%. Passando de 16 mil pessoas para 12 mil pessoas ocupadas. O setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas apresentou aumento de 26,3% no número de ocupados. Subiu de 18 mil para 22 mil pessoas. Os demais grupamentos não tiveram variação estatisticamente relevante.

O rendimento médio real habitual no 2º trimestre de 2018 ficou em R$ 1974. Tendo reduzido R$ 146 em relação ao trimestre anterior e R$ 445 a menos do que o 2º trimestre de 2017 (R$ 2.373). Os grupamentos de atividade serviços domésticos e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, são os que apresentam os menores rendimentos: R$ 687 e R$ 1.040 respectivamente.

Por fim, no 2º trimestre de 2018, a massa de rendimento dos trabalhadores amapaenses caiu R$ 41 milhões (-6,9%) na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, a redução foi de R$ 145 milhões (-20,9%).

Redação