Cotidiano

Amapá tem a 3ª maior queda de registro de violência contra a mulher





 

Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta semana. A publicação considerou os registros de lesão corporal dolosa enquadrados na Lei Maria da Penha.

 

O Amapá registrou 694 casos de violência doméstica em 2017. Em comparação ao ano anterior, o estado obteve uma diminuição de 13,4%, que representa a terceira maior queda no número de registros em todo o país. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta semana.

As maiores quedas foram registradas em Amazonas (-15,9) e Alagoas (-14,4). Santa Catarina, com 225,9 casos a cada 100 mil habitantes, seguida por Mato Grosso do Sul (207,6) e Rondônia (204,9) possuem o maior número de casos registrados. A publicação considerou os registros de lesão corporal dolosa enquadrados na Lei Maria da Penha.

No total, o Brasil teve 221.238 registros de violência doméstica. São 606 casos por dia. Distrito Federal, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso e Roraima não informaram os dados. A diretora-executiva Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, explica a necessidade de debates sobre a violência contra a mulher.

“A gente não pode deixar de lado o debate sobre violência de gênero. A violência contra a mulher continua sendo um tema central pra gente debater inclusive desenvolvimento. Com esses índices não dá para pensar em ser um país desenvolvido de fato. É muito alto”, afirmou.

Em relação ao número de mulheres vítimas de homicídio, no ano passado, foram 4.539 casos, um aumento de 6,1% em relação a 2016. Desse total, 1.133 foram vítimas de feminicídio.

Anuário Brasileiro de Segurança Pública

O documento compila e analisa dados de registros policiais sobre criminalidade, informações sobre o sistema prisional e gastos com segurança pública, entre outros recortes introduzidos a cada edição. Ele representa, atualmente, uma fonte imprescindível de dados sobre a segurança pública no país.

A publicação é uma ferramenta importante para a promoção da transparência e da prestação de contas na área da segurança pública, influenciando a melhoria da qualidade dos dados por parte dos gestores. Além disso, o anuário contribui para a produção de conhecimento, para o incentivo à avaliação de políticas públicas, para a introdução de novos temas na agenda de discussão do campo e para ações de incidência política realizadas por diversas organizações da sociedade civil.

Da redação