Política

Bolsonaro é criticado no parlamento europeu: Tempo e povo vão julgá-lo





Em debate sobre a crise de covid-19 na América Latina feito pelo parlamento europeu, nessa quinta-feira (28) e a violação dos direitos humanos parlamentares criticaram duramente o presidente Jair Bolsonaro. O presidente foi acusado de ser o principal responsável pela crise no Brasil. Segundo informações do jornal Valor Econômico.

Para parlamentares, a gestão de Bolsonaro tem sido "criminosa". O deputado espanhol Miguel Urban, da esquerda europeia, afirmou que o presidente fez guerra contra a ciência ao invés de fazer algo contra o vírus. No debate, parlamentares defenderam que a União Europeia (UE) deve aumentar a cooperação com a América Latina com a compra e a distribuição de vacinas e também no combate à desinformação.

A deputada portuguesa do Partido Socialista Maria Manuel Leitão pontuou que a América Latina é responsável por 8,4% da população mundial e registra 25% das mortes totais causadas pelo coronavírus. "Precisamos ajudar na compra, produção e distribuição de vacinas e no combate à desinformação", afirmou.

O deputado Fabio Castaldo, do Movimento 5 Stelle italiano, destacou que no Brasil as pessoas intubadas estão sendo amarradas por conta da falta de sedativo. A deputada portuguesa Isabel Santos, da social-democracia, afirmou que o "mais irracional negacionismo de Bolsonaro e de ele ter feito tudo para a população não ser vacinada. Não foi erro, mas irresponsabilidade deliberada. O tempo e o povo vão julgá-lo".

Os parlamentares de centro-direita seguiram em tom de críticas sobre o negacionismo na pandemia, mas segundo o jornal, não citaram o nome de Bolsonaro. Eles também destacaram os erros da Europa no combate ao vírus. O deputado espanhol Jordi Canas propôs cooperação em vez de dar lições à América Latina.

Os parlamentares também defenderam a flexibilização de patentes para a produção de vacinas e insistiram na importância da UE em contribuir para campanhas de vacinação na América Latina e no combate às fake news.

 

Fonte: Congresso em Foco