Cotidiano

Drones e imagens de satélite são aliados no combate de crimes contra o meio ambiente





 

As ações da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) foram otimizadas pelo monitoramento em tempo real de focos de incêndio e áreas desmatadas. Com as ferramentas tecnológicas, é possível, ainda, identificar pontos de desmatamentos em períodos anteriores.

 

É cada vez mais comum, por parte das instituições públicas, o uso de ferramentas tecnológicas no combate ao crime. Atualmente, qualquer cidadão pode fazer denúncias pelo celular sobre lixeiras viciadas, crimes eleitorais e violência contra a mulher, por exemplo. Para isso, basta acessar os aplicativos disponibilizados pelos órgãos na internet.

Aos poucos, outras ferramentas também vão ganhando espaço. É o caso de drones e imagens de satélite, que são fortes aliados nas investigações de crimes contra o meio ambiente, em Macapá. As ações da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) foram otimizadas pelo monitoramento de focos de incêndio e áreas desmatadas.

Desde junho deste ano, ao agentes passaram a intensificar as ações em função do início do período mais quente, que segue até o mês de dezembro. As imagens aéreas de satélites da Nasa e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) são acompanhadas em tempo real na Dema. É possível, ainda, identificar pontos de desmatamentos em períodos anteriores, apontando com precisão a data em que houve a retirada ilegal.

Leonardo Brito, delegado titular da Dema, diz que o uso da tecnologia ajuda a driblar o baixo efetivo de oficiais de polícia, que anteriormente realizavam várias diligências após o recebimento de denúncias. "Agora as imagens são filtradas e havendo qualquer desmatamento ou queimada confirmada, nós passamos as coordenadas geográficas para a equipe externa que usa o drone para a captação de registros externos. Em seguida, um terceiro efetivo vai presencialmente na área", detalhou o delegado ao Portal G1.

De acordo com a Dema, o Estado do Amapá tem, atualmente, cinco mil pontos de desmatamento e a maior parte deles é monitorado para a possível identificação de infrações. O delegado explica que nem todos são ilegais.  A maior parte é de madereiras, cultivos rurais e propriedades particulares.

"Temos áreas grandes e menores. Em Macapá, as áreas são menores e temos dificuldades para chegar porque os criminosos deixam um cinturão verde para evitar a fiscalização. Quem está embaixo e vê essa área não vê a degradacação ambiental", completa. A Dema também passou a utilizar drones para monitorar áreas com risco de crimes, como a fabricação de carvão clandestina retirada ilegal de madeira.

Redação