O deputado federal Camilo Capiberibe (PSB/AP) afirmou, na tribuna da Câmara dos Deputados, que os reajustes da tarifa de energia elétrica pela Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA – são de responsabilidade do governador Waldez Góes, já que o governo do estado é o principal acionista e o administrador da estatal.
Camilo alerta que, ao contrário do que diz Waldez, a CEA não está federalizada, por que o processo de federalização e o Acordo de Acionistas, assinados no governo do PSB, foram interrompidos, voltando a gestão da CEA para o Governo do Amapá, diferente do período de vigência do Acordo, em que o presidente da CEA era indicado pela Eletrobrás.
Camilo consultou a Eletrobrás através de ofício para saber quem detém o controle acionário e qual a responsabilidade do governo do estado no processo de privatização. Com base no ofício e em portaria do Ministério de Minas e Energia, Camilo diz que Waldez também é responsável por aceitar ou não o processo de privatização da CEA – já que o governo do estado é o principal acionista. Avisa que os aumentos na conta de luz são para preparar a empresa para a venda (aumentando o lucro para possíveis compradores) e que as tarifas aumentarão ainda mais no caso de privatização. “Por isso sou contra privatizar a CEA”, posiciona-se Camilo.
Ano passado, o deputado Camilo denunciou que Waldez havia quebrado a CEA mais uma vez e representou contra ele no Ministério Público Federal e no Tribunal de Contas da União. Na épica, Camilo denunciou uma dívida de R$ 238 milhões de energia que não foi paga e multas aplicadas à empresa. Em reunião com a bancada federal do Amapá, em fevereiro desse ano, o governador disse aos deputados e senadores que uma dívida de mais de R$ 4 bilhões “vai cair na costa” dos amapaenses no processo de privatização.
Sizan Luis Esberci
Gabinete do deputado federal Camilo Capiberibe – PSB/AP