Política

CPI não será para crucificar ninguém, diz cotado para presidir comissão





Cotado para presidir a CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) defende que a comissão se valha dos protocolos sanitários e da tecnologia para iniciar as atividades o mais rápido possível. Para o senador, há espaço suficiente para os 11 titulares da CPI manterem o distanciamento no auditório do colegiado e recursos técnicos para os assessores trabalharem em outro ambiente e realizarem as oitivas remotamente. O objetivo das investigações, afirma o senador, será mais propositivo e menos inquisitório.

"Esta comissão tem um perfil mais independente do que pró-governo. O Senado não tem Centrão, é muito independente. Será uma CPI muito isenta, sem procurar crucificar ninguém. Mais voltada para identificar problemas e buscar soluções", disse Omar Aziz ao Congresso em Foco Premium. O PSD, partido dele, vai reivindicar a presidência da comissão. Embora se autodefina como independente, Aziz tem relação mais próxima com o governo do que o seu colega de legenda Otto Alencar (BA), que também integrará a CPI e é próximo do PT.

"Creio que o MDB deve ficar com a relatoria. E o PSD, como segunda maior bancada, deve ficar com a presidência. Ainda não posso confirmar", afirma o senador. Para a relatoria, o nome mais cotado é o de Renan Calheiros (AL), opositor do presidente Jair Bolsonaro. Para fugir de Renan, o Planalto busca um nome menos oposicionista para presidir os trabalhos. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), autor do pedido de CPI ampla, que abriu caminho para a comissão investigar repasses federais para estados e municípios, é um dos preferidos do governo para o posto.

 

Fonte: Congresso em Foco